Pessoas com herpes genital podem contagiar os seus parceiros mesmo que não tenham lesões, revela um estudo publicado no “Journal of American Medical Association”, que vem reforçar as suspeitas que os cientistas já tinham neste sentido.
De acordo com Christine Johnston, co-autora do estudo e investigadora da Universidade de Washington, nos EUA, investigações anteriores de grande escala, realizadas pelo governo norte-americano, já tinham demonstrado que 80 por cento dos americanos desconhecem ter herpes genital.
O estudo actual é o maior realizado até à data para examinar a questão e também a utilizar um teste sensível de ADN para detectar o vírus. Isto significa, refere a autora do estudo, “que se pode tornar muito mais clara qual a frequência com que as pessoas propagam o vírus ".
O estudo envolveu 500 pessoas que tinham obtido um resultado positivo da presença do vírus. Cada uma recolheu amostras genitais com um cotonete durante pelo menos 30 dias, sendo que, no total, foram recolhidas e analisadas mais de 28 mil amostras.
O vírus foi detectado em 20 por cento dos dias, em 410 pessoas que tinham sintomas, comparativamente a dez por cento dos dias nas pessoas que não tinham sintomas evidentes. No entanto, em ambos os grupos segregaram a mesma quantidade vírus durante os dias de propagação.
Estes dados sugerem a utilização de medidas preventivas sempre que possível. Entre elas o uso de preservativo, tomar diariamente um antiviral indicado e informar o parceiro sobre a infecção. De acordo com a investigação, "foi demonstrado que estas três estratégias reduzem a transmissão entre 30 a 50 por cento", facto que leva os cientistas a recomendar as pessoas a usarem todas estas medidas.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48999&op=all