Reduced Dietary Salt for the Prevention of Cardiovascular Disease: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials (Cochrane Review)

Background Although meta-analyses of randomized controlled trials (RCTs) of salt reduction report a reduction in the level of blood pressure (BP), the effect of reduced dietary salt on cardiovascular disease (CVD) events remains unclear.
Methods We searched for RCTs with follow-up of at least 6 months that compared dietary salt reduction (restricted salt dietary intervention or advice to reduce salt intake) to control/no intervention in adults, and reported mortality or CVD morbidity data. Outcomes were pooled at end of trial or longest follow-up point.
Results Seven studies were identified: three in normotensives, two in hypertensives, one in a mixed population of normo- and hypertensives and one in heart failure. Salt reduction was associated with reductions in urinary salt excretion of between 27 and 39 mmol/24 h and reductions in systolic BP between 1 and 4 mm Hg. Relative risks (RRs) for all-cause mortality in normotensives (longest follow-up—RR: 0.90, 95% confidence interval (CI): 0.58–1.40, 79 deaths) and hypertensives (longest follow-up RR 0.96, 0.83–1.11, 565 deaths) showed no strong evidence of any effect of salt reduction CVD morbidity in people with normal BP (longest follow-up: RR 0.71, 0.42–1.20, 200 events) and raised BP at baseline (end of trial: RR 0.84, 0.57–1.23, 93 events) also showed no strong evidence of benefit. Salt restriction increased the risk of all-cause mortality in those with heart failure (end of trial RR 2.59, 1.04–6.44, 21 deaths).We found no information on participant's health-related quality of life.
Conclusions Despite collating more event data than previous systematic reviews of RCTs (665 deaths in some 6,250 participants) there is still insufficient power to exclude clinically important effects of reduced dietary salt on mortality or CVD morbidity. Our estimates of benefits from dietary salt restriction are consistent with the predicted small effects on clinical events attributable to the small BP reduction achieved.

A more detailed review has been published and will be updated in the Cochrane Database of Systematic Reviews [Taylor RS, Ashton KE, Moxham T, Hooper L, Ebrahim S. Reduced dietary salt for the prevention of cardiovascular disease. Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR) 2011, Issue 7 (see www.thecochranelibrary.com for information). This is a version of a Cochrane review, which is available in The Cochrane Library. Cochrane systematic reviews are regularly updated to include new research, and in response to feedback from readers. The results of a Cochrane review can be interpreted differently, depending on people's perspectives and circumstances. Please consider the conclusions presented carefully. They are the opinions of review authors, and are not necessarily shared by The Cochrane Collaboration.

Rod S. Taylor, Kate E. Ashton, Tiffany Moxham, Lee Hooper and Shah Ebrahim

Stress urbano afecta o cérebro (Citadinos estão mais sujeitos a desordens de ansiedade e transtornos de personalidade)

Quem vive em grandes cidades tem mais probabilidade de desenvolver desordens de ansiedade e transtornos de personalidade do que quem vive em sítios rurais. Isto não é propriamente uma novidade. Agora, um estudo realizado por uma equipa alemã e canadiana sobre os processos biológicos que determinam estes factores faz a capa do mais recente número da revista «Nature».

Os cientistas descrevem como os citadinos sofrem alterações em regiões cerebrais que regulam a emoção e o stress. Esta investigação pode ser um primeiro passo para que no futuro se criem estratégias para melhorar a qualidade de vida.

Sabia-se já, por estudos anteriores, que o risco de desordens de ansiedade era maior em 21 por cento em habitantes das cidades e que nos transtornos de personalidade o risco era maior em 39 por cento. A incidência da esquizofrenia é o dobro nas pessoas que nasceram e cresceram em cidades.

Jens Pruessner, co-autor do artigo e investigador do Douglas Mental Health University Institute (Montreal, Canadá), e investigadores do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim (Alemanha) observaram a actividade cerebral de voluntários saudáveis provenientes de zonas rurais e urbanas.

Através de um conjunto de experiências de ressonância magnética funcional, os investigadores comprovaram que a vida citadina está associada a respostas de maior stress na amígdala cerebelosa , zona do cérebro envolvida na regulação do afecto e do stress.

As experiências sugerem que as diferentes regiões do cérebro são sensíveis à experiência de viver num meio urbano. Futuros estudos podem tornar mais clara a relação entre as desordens mentais e a experiência de viver em cidades.

Organismos transgénicos e o futuro da engenharia genética

No tempo de crise já ninguém fala de” buraco de ozono”, nem da redução de biodiversidade, já nos esquecemos do Aquecimento Global embora as alterações climáticas perturbam a nossa vida. Os activistas de Greenpeace não fazem tantos protestos nos tempos da crise, pois a sua principal preocupação é não perder o trabalho ou procurar um novo se a desgraça já aconteceu. Não é nada surpreendente que hoje em dia o assunto tão debatido como a produção e venda de GMO (Organismos Geneticamente Modificados) já não aparece nas notícias.
No entanto, não nós podemos esquecer que é nos tempos da crise e da guerras que se ganhão maiores fortunas. Já o Rockefeller tornou-se rico após a Grande Depressão de 1929, depois de ter comprado as acções de grandes companhias norte-americanas. Hoje em dia, no tempo de crise económica, que começou nos EUA, a pobreza aumenta e cada vez são mais procurados os chamados bancos alimentares. Isso significa que as companhias que produzem e vendem alimentos irão render mais. Pois, os cidadãos desempregados da América do Norte e da Europa, as populações em fome de alguns países africanos e os países com grande crescimento demográfico, como China e Índia precisarão cada vez mais de alimentos.
A situação tende para uma crise alimentar. Não só porque existe um grande crescimento demográfico, sendo previsto que nos próximos 20 anos a população mundial ultrapassará 8 mil milhões de habitantes, mas também porque os recursos terrestres são cada vez mais reduzidos e o clima mais imprevisível. De facto, as alterações climáticas trazem consequências desastrosas para agricultura. Os verões quentes com incêndios e os invernos rigorosos reduzem a produção de maior parte de agriculturas, principalmente de batata e trigo. Ora, estas duas plantas são essenciais para alimentação humana e para criação de gado. Por outro lado, se o clima do planeta se alterar serão inundadas grandes áreas habitadas e muitas planícies envolvidas na produção agrícola. No caso de início de uma nova Era Glaciar o prognóstico é também negativo, muitas terras da Eurásia e América do Norte onde é cultivado trigo passarão a ter um clima mais rigoroso o que dificultará a produção de alimentos.
Neste ambiente de aumento populacional e redução da área de terras propícias para a agricultura é necessário inventar novas formas de produzir alimentos. Assim, a única companhia que produz organismos transgénicos, mais resistentes as pragas, tolerantes aos pesticidas, irá render milhões ou mesmo milhares de milhões de dólares. De facto, Monsanto tem um monopólio no mercado de produtos transgénicos. É a única empresa que tem licença de produzir e vender organismos geneticamente modificados, como soja (Soja Roundup Ready®), milho (Milho Yieldgard®), tomate, algodão (Algodão Bollgard®) e morango.
Na Europa é proibido, na maior parte dos países cultivar e vender produtos geneticamente modificados. No entanto, na América do Norte os cidadãos já há 30 anos consomem organismos geneticamente modificados.
Infelizmente existem apenas estudos de curta duração sobre produtos transgénicos que foram introduzidos no mercado nos anos 80. Não existe nenhum estudo de longa duração e que torna imprevisível o efeito do consumo de organismos geneticamente modificados. Os produtores e exportadores de GMO afirmam que é seguro consumir os seus produtos, enquanto os opositores apelam aos possíveis perigos. A ausência de provas não é uma prova de perigo ou de ausência de riscos. No entanto, é sempre melhor prevenir até termos dados sobre os riscos de GMO.
Os opositores afirmam que GMO podem infectar o ambiente, criando novas espécies de pragas resistentes a pesticidas, como roundup (outro produto exclusivo de Monsanto). Para além de contaminação do ambiente pensa-se que os organismos com DNA estranho podem transmitir os seus genes as pessoas que os consomem. O nosso organismo está adaptado ao ambiente em que nós evoluímos durante milhões de anos e a introdução de organismos com DNA estranho, agentes desconhecidos para o nosso sistema imunitário, pode ser muito perigosa. É como se comêssemos organismos extra-terrestres. Há dados de experiências com ratos que apontam para que GMO alteram o sistema digestivo e provocam maior mortalidade de fetos, aqueles que sobrevivem apresentam menor actividade e têm tendências para obesidade. Assim, o consumo de organismos transgénicos pode também danificar órgãos internos e ter repercussões negativas para a descendência de consumidores de GMO. Outro factor muito importante e perigoso são as alergias provocadas pelos GMOs, é o caso de produtos transgénicos que foram criados com introdução de genes originários do Bacillus Thuringiensis (Bt). Bt é uma bactéria que produz proteínas que são tóxicas para seres humanos provocando reacções alérgicas.
“- foi pulverizada por via aérea nos EUA para combater a lagarta do sobreiro e 500 pessoas sofreram reacções alérgicas ou gripais, alguns desenvolveram anticorpos contra o Bt;
- num estudo laboratorial com ratos verificou-se que a exposição por injecção à toxina Bt desencadeou uma reacção imunitária sistémica e local “tão potente como a toxina da cólera”.
- num outro estudo, a exposição nasal e rectal induziu resposta imunitária.
- existem receptores para Bt à superfície do intestino de primatas – foram testados tecidos de macacos Rhesus.”
Esta toxina é produzida nas plantas geneticamente modificadas e pode existir em grandes quantidades em algumas culturas o que é um risco par a saúde humana. Aqui estão os resultados de um estudo feito pela companhia de Monsanto e analisado por cientistas independentes.
i odemonstrado que existem outros efeitos negativos possíveis de GMO:
 Aumento até 40% dos triglícerideos do sangue em ratos fêmea que participaram na experiência; redução de até 30% do fósforo e sódio na urina de ratos macho.
 lesões significativas nos rins e fígado nos ratos que participaram na experiência;
 alterações de peso, os machos cresceram menos que os animais de controlo e as fêmeas cresceram mais;
 aumento significativo de células sanguíneas relacionadas com o sistema imunitário: basófilos e linfócitos.
Porém, cada vez mais países optam por cultivar as plantas transgénicas. Alguns já pensam no próximo passo – criação de espécies de gado geneticamente modificado. Já existem os primeiros animais que foram modificados, alguns apenas por motivos estéticos, como o peixe-zebra (GloFish®). É de esperar que nas próximas décadas nas mesas dos norte-americanos e, quem sabe, europeus irão aparecer produtos de origem animal que foram modificados.
“Deus está morto” (Nietzsche, A Gaia da Ciência). Assim, o homem quer tomar o controlo da Natureza achando que essa é imperfeita. Queremos alterar, extinguir tudo que nos parece débil. O próximo passo é alterar a nossa própria imperfeição. A engenharia genética permite escolher embriões mais viáveis, mais fortes, mais saudáveis. Será que no futuro vamos escolher também os caracteres dos nossos futuros filhos, como a cor dos olhos, altura, capacidades intelectuais? O problema é o seguinte: a nossa visão de perfeição é subjectiva e por isso absurda. Um portador de talassemia é geneticamente imperfeito mas no caso de uma epidemia de malária ele tem maior probabilidade de sobreviver do que um indivíduo sem gene de hemofilia. A beleza não é a presença de olhos claros, pele branca ou cabelos loiros. Já houve uma tentativa de criar uma “raça perfeita”, esta tentativa conhecida como Holocausto. Escolher um filho em vez de uma filha, um embrião com olhos azuis em vez do outro que irá ter olhos castanhos é descriminação, tal como oprimir os indivíduos de origem africana ou não deixar a uma mulher entrar no mercado de trabalho. Matar um embrião saudável por razões não médicas é eticamente inaceitável.

Belerofonte (pseudónimo)