Novo estudo contribui para conhecer melhor esquizofrenia

A esquizofrenia distorce a percepção da realidade e é um problema que atinge pelo menos um por cento da população mundial, em todos os países e culturas, acompanha desordens cognitivas e disfunções sociais. Um novo estudo publicado na «Nature» poderá contribuir para conhecer melhor esta patologia.

Em muitos aspectos, esta doença permanece ainda misteriosa e os tratamentos são insuficientes, mesmo já tendo passado um século de investigação. Agora, uma equipa de cientistas do Instituto Salk, na Califórnia (EUA), demonstrou que os neurónios cultivados a partir de células estaminais de pacientes que sofram de esquizofrenia ligam-se muito menos, entre si, e a loxapina (droga antipsicótica) restaura a actividade neural.
Segundo o autor principal, Fred Gage, “esta é a primeira vez que uma doença mental complexa foi modelada a partir de células humanas vivas”. O modelo permite não só examinar directamente os neurónios de pacientes com a doença, como os de pessoas saudáveis, mas que sejam seguidas de perto por médicos.

A análise dos perfis de expressão genética permitiu identificar perto de 600 genes cuja actividade está desregulada, relativamente aos neurónios e 25 por cento destes genes estão implicados na esquizofrenia.

A descoberta constitui um progresso relevante para melhor compreender a doença. Graças ao modelo celular, os investigadores podem agora testar novos fármacos e perceber quais os problemas de conexões entre neurónios que possam originar os sintomas do aparecimento da esquizofrenia.

Fonte:http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature09915.html

Original:http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature09915.html